sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

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Deus Como Redentor


Deus como redentor


Casa Publicadora Brasileira – Lição 312012

Lição 03
de 14 a 21 de janeiro 2012


Sábado à tarde

Bíblico: Gn 43–45

VERSO PARA MEMORIZAR: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas,  e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Ap 5:12)



Leituras da semana: Rm 1:18; Gn 3:15; Rm 16:20; 1Pe 1:19; Mc 10:32-45; Mt 27:46


Pensamento-chave: O Deus Triúno não é apenas nosso criador, Ele é também nosso redentor.

Estritamente relacionado ao papel de Deus como criador está Seu papel como redentor. O pecado é tão mau, tão mortal, tão hostil ao mundo criado, que só o Criador poderia resolver o problema. E Ele o fez, na pessoa de Jesus Cristo.


“Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo” (Ef 2:13, NVI). Não por obras, nem por qualquer coisa que possamos fazer, mas por Sua graça, podemos ser resgatados do pecado e ser “aproximados” dEle. Cristo suportou a ira de Deus para que nenhum de nós jamais tivesse que suportá-la. Isso, em essência, é o plano da salvação.



“A mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (1Co 1:18, NVI). O escândalo da cruz é que esta parece um grande absurdo para o pensamento humano: Deus Se torna um sacrifício em favor de seres humanos pervertidos, até mesmo Seus inimigos declarados, sofrendo a penalidade por seus pecados para que eles não tivessem que enfrentá-la. Difícil de entender, não é? A expiação é tão profunda e tão intensa que a respeito dela compreendemos apenas o que está ao nosso alcance. Além disso, o pensamento não consegue avançar, e tudo o que podemos fazer é adorar.


Domingo

Ano Bíblico: Gn 46, 47

Na cruz


1. Qual foi a prova do amor de Deus pela humanidade? Como isso afeta você? Rm 5:8

Na cruz, da maneira mais humilhante e inconcebível que se possa imaginar, Deus venceu e humilhou o inimigo. Amor, justiça e compaixão se fundiram num ato dinâmico e singular. Deus perdoou os pecadores pagando o preço e absorvendo em Seu próprio sofrimento a penalidade do pecado. No Calvário, Deus revelou o grande preço do perdão.


Cristo não morreu a fim de criar no coração de Deus amor por nós. Não! Jesus afirmou que o amor do Pai é a fonte, não a consequência da expiação (Jo 3:16, 17). Deus não passou a nos amar porque Cristo morreu por nós; Cristo morreu por nós porque Deus nos amava. A expiação de Cristo não foi oferecida para convencer o Pai a amar aqueles que de outra forma seriam odiados. A morte de Cristo não gerou um amor que ainda não existia. Ao contrário, foi a manifestação do amor que estivera eternamente no coração de Deus. Jesus nunca teve que convencer o Pai a nos amar. Observe como Ele afirmou essa verdade em João 3:16, 17; 16:26, 27.



A verdadeira tragédia é que perdemos grande parte do conhecimento de Deus, contra quem pecamos. Nem mesmo sentimos muita necessidade de arrependimento, porque nem sempre temos certeza de quanto temos ofendido a Deus com nossos pecados. Podemos nos tornar insensíveis com relação à maldade do pecado. O moderno sentimentalismo religioso muitas vezes minimiza a repugnância ao pecado. E porque o pecado não mais nos deixa indignados, talvez se torne mais difícil perceber que o pecado provoca a ira de um Deus santo.


2. Paulo não tinha medo de falar sobre a ira de Deus. Contra quem essa ira se revela? Rm 1:18?

Essa forte declaração mostra como Deus lidou com o problema da influência universal do pecado ao longo da história. Paulo aprofundou esse tema nos dois capítulos seguintes (até Rm 3:20).


Um aspecto surpreendente do evangelho é o fato de que Deus é tanto o vencedor sobre nosso pecado quanto a vítima dele. E, como resultado desse duplo papel, nosso santo Deus pode manter Sua aliança com os pecadores que transgrediram a aliança. O amor de Deus não leva a uma agradável tolerância do pecado e do mal, mas à vitória sobre ele. É precisamente porque Deus é amor que Ele Se opõe ao pecado e ao mal, porque estes corrompem e destroem Seus filhos amados. A morte que Jesus suportou na cruz foi o preço que Seu amor pagou por lidar com o pecado de maneira séria e, ao mesmo tempo, ainda amar os pecadores.


Você leva a sério o pecado? Quais são os critérios que você usa para justificar sua resposta?

Segunda

Ano Bíblico: Gn 48–50


O evangelho no Antigo Testamento


3. Quando foi dada a primeira promessa de salvação, e o que ela significa? Gn 3:15

A linguagem aqui é impressionante. Adão e Eva pecaram. Então, o grande conflito foi anunciado a eles através da linguagem de forte “inimizade” entre dois lados opostos. Essa era uma preciosa promessa para os corações humanos que se tornaram atraídos ao pecado. Recebemos também a certeza de que esse grande conflito não será eterno, porque a cabeça do inimigo um dia será esmagada. Nesses versos, não apenas o grande conflito é revelado pela primeira vez, mas também somos informados a respeito de como será o fim dele.

4. Com base na esperança que Paulo encontrou em Gênesis 3:15, qual foi sua mensagem? Rm 16:20


5. Moisés narrou uma comovente história de expiação. A partir dessa narrativa, o que podemos aprender sobre a expiação posterior de Cristo? Gn 22:1-19


Observe as muitas referências ao pai e ao filho e como eles foram juntos para a montanha do sacrifício. O filho carregou a madeira, e o pai, os instrumentos do sacrifício (fogo e faca). Isaque, muito mais novo que o pai, poderia ter dominado Abraão na montanha do sacrifício. Mas, em vez disso, vemos dois milagres: o pai entregando o filho e o filho entregando a vida.


Que representação poderosa da morte sacrifical de Cristo em nosso favor! A cena, por mais poderosa e comovente que fosse, era apenas uma pequena antecipação do momento em que, séculos mais tarde, outro Pai entregaria Seu Filho. Dessa vez, porém, não haveria nenhum animal para morrer em lugar do Filho. O próprio Filho morreria no altar. O Pai realmente sacrificaria Seu Filho, e o Filho daria a vida.



Ali, no Monte Moriá, foi apresentada ao mundo uma figura muito poderosa (mas apenas uma figura) do plano da salvação e do preço para redimir da ruína do pecado a humanidade caída.


Terça

Ano Bíblico: Êx 1–4


Salvação em Isaías


Na famosa estrada de Emaús, Jesus ensinou aos dois discípulos entristecidos sobre a expiação a partir de “Moisés e todos os profetas” (Lc 24:27, NVI). Que materiais proféticos Jesus pode ter incluído em Seu estudo da expiação?


É muito provável que Isaías estivesse entre os profetas aos quais Jesus Se referiu.


6. Que detalhes ajudam a entender mais completamente a incrível expiação de Cristo, descrito como “Servo sofredor”? Is 53

Embora exista muita coisa nesse capítulo, um ponto que se destaca mais do que qualquer outro é o papel substitutivo do Servo sofredor. Observe que, em todas as vezes, Ele está pagando o preço pelos pecados dos outros. Frequentemente esse tema aparece, ensinando que a essência da salvação, da expiação, é a morte de Jesus em nosso favor. Como pecadores, transgredimos a lei de Deus; nada podemos fazer para nos justificarmos diante dEle. Todas as nossas boas obras não podem transpor o abismo que nos separa de Deus. A única maneira de nos salvar era Jesus pagar a penalidade em nosso lugar e, então, nos oferecer Sua perfeita justiça, que reivindicamos pela fé.


Se de alguma forma nossas obras tivessem algum mérito para nos justificar diante de Deus, Jesus não precisaria ter morrido por nós. O fato de que Ele morreu e de que a expiação exigiu nada menos do que Sua morte, deve ser prova suficiente de que não podemos obter a salvação por nós mesmos. Ao contrário, é inteiramente um dom da graça.


7. Que conceitos de Isaías 53 inspiraram Pedro em sua explicação sobre a morte expiatória de Cristo em nosso favor? 1Pe 1:19; 2:21-25

Isaías 53 apresenta, talvez, a mais clara explanação teológica da cruz, mostrando de forma inequívoca que, seja o que for que a cruz represente, isso significa Cristo morrendo em nosso favor, suportando em Si mesmo o castigo que merecemos.

Usando Isaías 53 como base, pense sobre as cenas finais da vida de Cristo. Tenha em mente que a pessoa descrita ali é nosso Deus, nosso Criador, uma parte da Divindade. Como podemos entender essa incrível verdade?

Quarta

Ano Bíblico Êx 5-8
Os evangelhos e a cruz  

Apesar do impressionante milagre da encarnação de Cristo, Seus profundos ensinamentos e os milagres que realizou, esses não eram o foco central da vida de Cristo. Em vez disso, o que dominava o pensamento de Jesus era a entrega de Sua vida. Embora Seu nascimento e ministério fossem miraculosos, a grande missão da vida de Cristo era Sua morte.


Nos quatro evangelhos, vemos Jesus Se esforçando para preparar os discípulos para Sua morte iminente. No entanto, sua devoção a Jesus, juntamente com sua esperança de um Messias político, os impediu de compreender o que Jesus estava lhes dizendo.


8. Como Jesus descreveu Sua morte iminente? O que estava errado com o pedido de Tiago e João? Qual foi a resposta incisiva de Jesus? Mc 10:32-45

Na noite anterior à da Sua morte, Jesus celebrou a ceia da Páscoa com Seus discípulos. Então, deu instruções de que esse ritual deveria ser observado até que Ele voltasse novamente. Essa cerimônia de comunhão instituída pelo próprio Senhor é o único ato comemorativo autorizado pessoalmente por Jesus. Não é um memorial da encarnação, nem dos milagres, nem das parábolas, nem da pregação dEle, mas somente de Sua morte. Acima de tudo, o próprio Cristo desejava ser lembrado por Sua morte.


De fato, nos relatos dos quatro evangelhos acerca da vida do Messias, a grande ênfase foi colocada sobre a crucifixão e os acontecimentos em torno dela. O incrível milagre da encarnação é mencionado apenas por Mateus e Lucas. Apenas dois capítulos em cada um desses evangelhos registram a concepção e o nascimento de Cristo. Marcos e João omitem qualquer comentário sobre o nascimento de Cristo e começam seus evangelhos com Jesus adulto.



No entanto, os quatro escritores do evangelho decididamente enfatizam a última semana da vida de Cristo e, claro, Sua morte. Olhe rapidamente os evangelhos e observe a evidente ênfase em apenas alguns dias da vida de Cristo. A última semana da vida de Jesus, incluindo os eventos anteriores à Sua morte e a própria crucifixão, ocupa de um terço a quase metade de todos os relatos dos evangelhos. Cada leitor é “forçado” a prestar atenção no grande ato redentor de Deus.


Examine sua vida, com seu passado, erros e pecados. Honestamente, você acha que as obras, passadas ou presentes, poderiam expiar os pecados? Por que você deve focalizar a morte de Jesus em seu favor? Sem esse sacrifício, que esperança haveria na vida?

Quinta

Ano Bíblico: Êx 9–11

O brado na cruz


Nada é mais destrutivo para nossa compreensão da expiação de Cristo do que o sentimentalismo que passa pelo cristianismo em nossos dias (tudo na tentativa de adaptar o evangelho ao pensamento moderno). No entanto, devemos sempre reconhecer humildemente que nada que possamos dizer sobre Deus nunca poderá fazer justiça a Deus, especialmente quando consideramos a expiação. Devemos evitar a tentação de reduzir a morte de Jesus na cruz a apenas um “exemplo de amor altruísta”. Certamente foi isso, mas, considerando nossa condição de pecadores, seria necessário mais do que “um exemplo de amor altruísta” para nos redimir. Exigiria, em lugar disso, que Deus sofresse toda a força de Sua própria ira contra o pecado.

9. Qual foi o brado de Jesus na cruz? Como devemos entender essas palavras? Por que Jesus disse isso? Como esse impressionante grito nos ajuda a entender o preço da nossa salvação? Mt 27:46

“E agora, estava a morrer o Senhor da glória, o resgate da humanidade... Sobre Cristo, como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de nos redimir da condenação da lei... O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro... Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus que Sua separação houvesse de ser eterna... Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus” (EGW, O Desejado de Todas as Nações, p. 752, 753).


Jesus dirigiu essa oração a “Deus” e não ao “Pai”, como Ele sempre tinha feito. Os brados de Cristo na cruz não foram uma demonstração exemplar de que Ele parecia sofrer, a fim de mostrar que nos ama. Não! Era Deus Se entregando à morte para que nosso destino não fosse determinado pela morte. Era o próprio Deus morrendo a morte da qual podemos ser poupados, a morte que, do contrário, o pecado traria a todos nós.


Três evangelhos registram que Jesus clamou em alta voz da cruz, enquanto estava morrendo. Esses altos brados são igualmente mencionados no livro de Hebreus: “Durante os Seus dias de vida na Terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, Àquele que O podia salvar da morte” (Hb 5:7, NVI). O “brado de desamparo” de Jesus é o clamor mais doloroso da Bíblia. Nos evangelhos, não existe nenhuma expressão que se iguale à de Jesus na cruz. Nesse brado temos um vislumbre do que o Senhor estava disposto a sofrer, a fim de nos trazer a salvação.


Sexta

Ano Bíblico: Êx 12, 13

Estudo adicional


Oh! Quão ineficiente, quão incapaz sou eu para expressar as coisas que ardem em meu coração com referência à missão de Cristo! ... Não sei como falar nem como escrever acerca do grande tema do sacrifício expiatório. Não sei como apresentar os assuntos com o vivo poder em que se acham diante de mim. Tremo de temor de menosprezar o grande plano da salvação por palavras comuns” 
(EGW, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 115).



“A infinita misericórdia e amor de Jesus, o sacrifício feito por Ele em nosso favor demandam a mais séria e solene reflexão. Devemos demorar o pensamento no caráter de nosso amado Redentor e Intercessor... Ao contemplarmos assim os temas celestiais, nossa fé e amor se fortalecerão, e nossas orações serão cada vez mais aceitáveis a Deus, porque a elas se misturarão cada vez mais a fé e o amor. Serão inteligentes e fervorosas. Haverá mais constante confiança em Jesus, e uma diária e viva experiência em Seu poder de salvar perfeitamente a todos os que por Ele se chegam a Deus” (EGW, Caminho a Cristo, p. 89).


Perguntas para reflexão
1. O amor de Deus não é como o afeto débil e, às vezes, irregular que damos uns aos outros. O que o ato de Cristo como Salvador nos ensina sobre o amor divino?
2. A compreensão da santidade de Deus, em contraste com nossa pecaminosidade, nos ajuda a entender melhor o alto preço de nossa salvação?
3. Pense na história de Abraão e Isaque em Gênesis 22. De que forma ela nos ajuda a entender a natureza do sacrifício de Cristo em nosso favor? Em que sentido o relato não consegue mostrar tudo o que pretendia simbolizar?


Resumo: Se necessitamos de alguma prova de que as obras não poderiam nos salvar, temos a prova na morte de Jesus. Afinal, o que mais os seres caídos poderiam acrescentar a esse sacrifício?

Respostas sugetivas: 1: Cristo morreu para nos salvar, mesmo sendo nós ainda pecadores. Por amor nos criou e recriou. 2: Contra os homens perversos e ímpios, que detém a verdade pela injustiça. 3: Depois do pecado de Adão e Eva. A profecia indica a vinda do Redentor, o Descendente da mulher, que esmagaria a cabeça da serpente, ao morrer na cruz. 4: O Deus da paz destruirá de uma vez por todas Satanás, o pecado e seus efeitos. 5: O Pai ofereceu o Filho e o Filho Se entregou. Deus enviou Jesus para morrer por nós na cruz. 6: Ele Se humilhou e sofreu calado, como uma ovelha. Pagou o preço dos nossos pecados. Seu sacrifício foi motivado pelo desejo de salvar os pecadores. 7: O Cordeiro de Deus derramou o sangue imaculado, em nosso lugar; não retribuiu a violência que sofreu; carregou os nossos pecados, para que vivamos para a justiça. 8: Ele daria a vida em resgate por muitos; Tiago e João pediram um lugar de honra; Jesus disse: quem quisesse se tornar grande deveria servir; Ele serviu na cruz. 9: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?”; o pecado afasta a criatura do Criador; Jesus Se sentiu angustiado e afastado do Pai; o desespero fez parte do preço da salvação.




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