domingo, 1 de janeiro de 2012

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Vislumbres do nosso Deus

O Deus Triúno

Lição 01
de 31 de dezembro a 7 de janeiro


Sábado à tarde
Ano Bíblico: Vista geral de toda a Bíblia

VERSO PARA MEMORIZAR: Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna” (Jd 20, 21, NVI).

Leituras da semana: Dt 6:4; Fp 2:6; Mt 28:19; Gn 1:26, 27; Jo 14-16

Pensamento-chave: As Escrituras contêm referências e sugestões com relação à divindade e unidade da Trindade divina.

Embora a palavra Trindade não apareça na Bíblia, sem dúvida esse ensino aparece. A doutrina da Trindade, de que Deus é um e composto por três “pessoas” é fundamental por lidar com quem é Deus, como Ele é, como Ele atua, e como Ele Se relaciona com o mundo. Acima de tudo, a divindade de Cristo é essencial no plano da salvação.

Nas Escrituras, existem três tipos distintos (mas inter-relacionados) de evidência para a Trindade ou triunidade de Deus: (1) evidência da unidade de Deus, de que Deus é um, (2) evidência de que há três pessoas que são Deus, (3) sugestões textuais sutis da divina unidade de três.

As distinções entre Deus, Cristo e o Espírito Santo encontradas na Bíblia devem ser percebidas como a forma pela qual Deus está em Si mesmo, por mais difícil que seja para nossa mente caída entender. “Os eternos dignitários celestiais – Deus, Cristo e o Espírito Santo”, como Ellen G. White os chama (Evangelismo, p. 616), são iguais, mas não idênticos nem intercambiáveis.

Embora alguns antigos adventistas tivessem dificuldades com relação à doutrina da Trindade, hoje a igreja tem uma posição firme e inflexível sobre esse ensino. Como a crença fundamental número 2 diz: “Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três pessoas coeternas”.




Domingo
Ano Bíblico: Gn 1–3

A unicidade de Deus

O sistema de crenças dos antigos hebreus era rigorosamente monoteísta, “mono” expressando “um” e “teísta”, da palavra grega para “Deus”, significando que há um só Deus verdadeiro. Essa posição é firme ao longo do Antigo Testamento. Há somente um Deus, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e não muitos deuses, como as nações e tribos ao redor dos hebreus acreditavam. Nesse sentido, a religião da Bíblia era única.

1. O que Deus falou sobre Si mesmo em Êxodo 3:13-15? Como esses versos sugerem a unicidade de Deus?

A unicidade de Deus também é encontrada no texto (Dt 6:4) chamado pelos judeus de Shema. Esse nome foi dado porque a palavra de abertura, a ordem “Ouça” em hebraico é a palavra shema. Essa declaração é uma das grandes verdades sobre Deus, nas quais o povo de Israel recebeu a ordem de crer e ensinar a seus filhos.

2. “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6:4). Compare esse verso com Gênesis 2:24, “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. O que poderia significar o fato de que as expressões “único” e “uma só” procedem da mesma palavra hebraica?

A mesma palavra para “um”, echad, é usada para Deus no Shema de Deuteronômio 6:4. O uso da palavra echad para unidade não significa uma soma aritmética, mas, em vez disso, uma unidade complexa. Algo está sendo afirmado ali sobre uma unidade de partes distintas. Maridos e mulheres devem ser “um” (echad), de acordo com Gênesis 2:24, assim como em Deuteronômio Deus é “um”.

3. O que o Novo Testamento fala sobre a unicidade de Deus? Tg 2:19; 1Co 8:4

Como a compreensão de Deus como um deve nos ajudar a evitar as ciladas da idolatria em todas as suas formas? Por que somente o Senhor deve ser aquele a quem adoramos? Como você pode erradicar quaisquer “ídolos” em sua vida?




Segunda
Ano Bíblico: Gn 4–7

A divindade de Cristo

Adivindade do Pai raramente é discutida, se é que isso acontece. Os que questionam a Trindade geralmente desafiam a divindade de Cristo. Fosse Cristo qualquer outra coisa, exceto eterno e totalmente divino, o plano da salvação teria sido profundamente prejudicado (veja a lição de quinta-feira).

4. Paulo havia sido um rígido fariseu. O que ele falou sobre a divindade de Cristo? Fp 2:6

Para um fariseu alicerçado no ensino do Antigo Testamento acerca da unicidade de Deus, essa foi uma afirmação surpreendente, porque revelou o profundo compromisso de Paulo com o conceito da divindade de Cristo.

O livro de Hebreus, escrito para judeus que eram vigorosos monoteístas, assim como Paulo, contém fortes declarações ressaltando a divindade do Filho de Deus. Em
 Hebreus 1:8, 9 a natureza divina de Cristo é revelada poderosa e explicitamente.

O aspecto mais importante na revelação da divindade de Cristo é a autoconsciência de Jesus. Ele não marchava pelas ruas de Jerusalém com um coro triunfal proclamando Sua divindade. No entanto, os quatro evangelhos incluem muitos fios de evidências que revelam que era assim que Ele reconhecia a Si mesmo. Repetidamente, Jesus afirmava possuir o que corretamente pertencia apenas a Deus: Ele falava dos anjos de Deus como Seus anjos (Mt 13:41); alegava perdoar pecados (Mc 2:5-10) e reivindicava o poder de julgar o mundo (Mt 25:31-46). Quem, senão Deus, poderia legitimamente fazer isso?

5. Por que Jesus aceitou a adoração de várias pessoas, conforme o registro dos evangelhos? O que isso significa com relação à Sua divindade? Mt 14:33; 28:9; Lc 24:50-52; Jo 9:35-38 (Compare suas ações com as de Paulo em Atos 14:8-18)

Em Seu julgamento, uma acusação contra Jesus foi que Ele afirmava ser o Filho de Deus (Jo 19:7; Mt 26:63-65). Se Jesus não considerasse a Si mesmo como Deus, essa teria sido a oportunidade crucial para corrigir essa ideia “equivocada”. No entanto, Ele não o fez. Na verdade, foi em Seu julgamento, diante de Caifás, que Ele afirmou Sua própria divindade sob juramento. Assim, temos poderosa evidência bíblica da divindade de Cristo.

Separe algum tempo para meditar sobre a vida de Jesus e, ao fazer isso, focalize o fato de que Ele era Deus, o Criador do Universo. O que isso nos diz sobre o amor de Deus pelo mundo? Por que você deve obter muito conforto e esperança dessa maravilhosa verdade?




Terça
Ano Bíblico: Gn 8–11

O Espírito Santo

Se Deus pode ser “um”, com as duas pessoas do Pai e do Filho, acrescentar a terceira Pessoa da Trindade não deve particularmente adicionar dificuldade. Estamos falando aqui sobre o Espírito Santo.

6. O que Gênesis 1:2 fala sobre o papel do Espírito Santo, que apareceu logo no começo do registro bíblico?

7. De que maneira Mateus 28:19 chama a atenção para os três membros da Divindade?

Três pessoas da Trindade foram mencionadas quando Jesus instruiu sobre o batismo dos novos cristãos. Na verdade, essa “fórmula” batismal ainda é usada na maioria dos batismos cristãos. A pessoa que escolhe seguir Jesus é batizada no “nome” (singular, não plural, em grego), embora três pessoas sejam incluídas. Três seres divinos são vistos como um.

No batismo de Jesus, as três pessoas da Trindade apareceram juntas. Leia a descrição desse batismo em
 Marcos 1:9-11. Ele menciona os céus “se abrindo” (v. 10, NVI). A expressão teria sido mais bem traduzida como “rasgarem-se” (RA). Marcos chamou a atenção para os três membros da Trindade divina, em uma incrível revelação de Deus, que afetou até a própria natureza.

Assim como aconteceu com Jesus, a obra do Espírito Santo foi atribuída às ações de Deus e está com elas relacionada. Considere as seguintes descrições das ações do Espírito Santo:

1. Ao anunciar o nascimento de Cristo, o anjo disse a Maria que seu Filho seria chamado “santo”, porque o Espírito Santo viria sobre ela (Lc 1:35).
2. Jesus afirmou que o Espírito do Senhor estava sobre Ele, ungindo-O para pregar (Lc 4:18).
3. Ele também declarou que estava expulsando demônios pelo Espírito de Deus (Mt 12:28).
4. O Espírito, que deve continuar a obra de Cristo depois de Sua partida, é o outro Consolador, da mesma natureza (Jo 14:16).
5. Jesus soprou o Espírito Santo sobre Seus seguidores (Jo 20:22).
6. Os novos cristãos terão o Espírito Santo habitando em seu coração (Jo 14:17) e também terão a mente de Cristo (Gl 2:20;
 Cl 1:27).

Cristo e o Espírito Santo estão intimamente ligados, um com o ministério do outro. Além disso, há referências bíblicas que identificam o Espírito Santo como Deus. Leia
 
Atos 5:1-11. Como esse incidente nos ajuda a compreender a divindade do Espírito Santo?




Quarta
Ano Bíblico: Gn 12–15

Unidade e igualdade

Por mais clara que a Bíblia seja no sentido de que Deus é um (echad), ela também fala sobre a pluralidade das pessoas da Divindade. Ao longo dos séculos os eruditos e estudantes da Bíblia têm visto em muitos textos do Antigo Testamento uma poderosa evidência da natureza plural de Deus. Essa verdade, como acontece com muitas outras, é revelada de maneira mais plena no Novo Testamento.

8. Como a pluralidade de Deus é revelada em Gênesis 1:26, 27?

Esse emparelhamento de plural e singular ao se referir a Deus também ocorre em Gênesis 11:7, 8, na edificação da torre de Babel. Deus falou novamente. O “Senhor” é mencionado, mas Ele fala como um que faz parte de um grupo (“Venham, desçamos”).

9. De que forma a pluralidade do “Senhor” é revelada em Isaías 6:8?

No Novo Testamento, como o sermão de Pedro no Pentecostes exaltou Jesus dentro da Divindade? (At 2:33.) Pedro, um devoto judeu monoteísta, consequentemente acreditava em apenas um Deus. Apesar disso, ele proclamou a plena divindade de Cristo, que estava no Céu. Em sua carta aos exilados judeus da dispersão, Pedro novamente apresentou evidência da natureza trinitária de Deus (1Pe 1:1-3).

10. Com que palavras Paulo incluiu a pluralidade de Deus em sua descrição do processo de salvação? 2Co 1:20-22; 2Co 13:13, 14

Com nossa mente finita e caída, esse ensino não é fácil de compreender completamente. Mas que importa isso? Estamos lidando aqui com a natureza de Deus, o criador do Universo! Como seria tolo pensar que poderíamos compreendê-Lo na Sua plenitude, especialmente quando, como humanos, não entendemos “plenamente” a maior parte das coisas. Pense até mesmo nas coisas mais “simples” que você pode imaginar. Como muitos aspectos delas permanecem fora do seu alcance? Quanto mais verdadeiramente isso ocorre com algo tão grandioso como a natureza do próprio Deus?




Quinta
Ano Bíblico: Gn 16–19

Trindade e salvação

Oevangelho de João dá uma atenção direta e consciente à natureza única de Deus. João parece estar plenamente consciente da unicidade, e não obstante, “trindade” de Deus.

11. Leia as palavras de Cristo nos capítulos 14 a 16 de João e conte o número de referências às três pessoas da Divindade. Como essas passagens nos ajudam a entender a realidade dessa importante verdade?

Essa passagem do evangelho de João é a mais extensa concentração de referências ao Deus de três pessoas coiguais. Aqui, a dinâmica entre as pessoas da Trindade aparece repetidamente. A doutrina da Trindade, longe de ser uma especulação abstrata, é a conclusão inevitável que vem de um estudo sistemático das Escrituras.

De especial importância nesse contexto é a divindade de Cristo. Se Jesus não fosse plenamente Deus, então tudo o que tivemos foi o Senhor transferindo para outra pessoa o castigo pelos nossos pecados, em lugar de assumir a responsabilidade. O ponto central do evangelho é que o próprio Deus estava na cruz suportando os pecados do mundo. Qualquer coisa menos do que isso despojaria a expiação de tudo que a tornou tão poderosa e eficaz.

Pense nisto: se Jesus fosse apenas um ser criado, e não plenamente Deus, então, sendo uma criatura, como Ele poderia suportar toda a ira de Deus contra o pecado? Qual ser criado, não importando sua posição exaltada, poderia salvar a humanidade da violação da santa lei de Deus?

Se Jesus não fosse divino, a lei de Deus não seria tão sagrada como o próprio Deus, porque a violação dela seria algo que um ser criado pudesse expiar. A lei apenas seria tão sagrada como aquele ser criado, e não tão sagrada como o Criador. O próprio pecado não seria tão mau se tudo que ele exigisse fosse a morte de uma criatura e não a do Criador para expiá-lo. O fato de ter sido necessário o próprio Deus, na pessoa de Cristo, para sanar o pecado, apresenta forte evidência da gravidade do pecado.

Além disso, nossa segurança de salvação por meio do que Cristo fez por nós e não por nossas obras, vem do fato de que o próprio Deus pagou a penalidade pelos nossos pecados. O que poderíamos fazer para acrescentar a isso? Se Cristo fosse criado, talvez pudéssemos acrescentar algo. Mas, com Deus, o Criador, sacrificando a Si mesmo pelos nossos pecados... seria quase uma blasfêmia acreditar que pudéssemos fazer algo para complementar esse sacrifício. Assim, se Cristo não fosse divino, a expiação teria sido fatalmente comprometida.

Pense por um momento: o Criador do Universo morreu em seu lugar, ocupando sua posição, para que você tivesse a promessa da vida eterna nEle. Como você pode obter esperança e certeza dessa incrível verdade? À luz dessa realidade, o que mais importa realmente?


Sexta
Ano Bíblico: Gn 20–22

Estudo adicional

Na doutrina da Trindade, não encontramos três diferentes papéis divinos revelados por uma pessoa (isso é modalismo ou sabelianismo). Também não há três deuses em um grupo (isso é triteísmo ou politeísmo). O único Deus (“Ele”) é também, e igualmente, “Eles” e “Eles” estão sempre juntos, sempre atuando em estreita cooperação. O Espírito Santo executa tanto a vontade do Pai quanto do Filho, que é também a Sua vontade.

Algumas pessoas têm dificuldades com a questão da divindade de Cristo porque, enquanto Jesus viveu na Terra, em carne, Ele foi submisso à vontade do Pai. Muitos veem isso como “prova” de que Ele era de alguma forma menor do que o Pai. Essa realidade, no entanto, não refletia a estrutura interna da Divindade. Essa subordinação refletia, ao contrário, a maneira pela qual o plano da salvação devia operar. Jesus devia assumir a humanidade, tornando-Se “obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:8). Além disso, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-Se o Autor da salvação eterna para todos os que Lhe obedecem” (Hb 5:8, 9). Essas declarações revelam que a função de subordinação desempenhada por Jesus foi consequência da encarnação, que foi fundamental para o plano da salvação. Elas não provam que Ele tenha sido outra coisa, senão totalmente divino e eterno. Leia, de EGW,
 O Desejado de Todas as Nações, p. 19.

Pergunta para reflexão
João 8:58 diz: “Respondeu Jesus: ‘Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!’” (NVI) Como esse texto revela poderosamente a plena divindade de risto?

Resumo: Se quisermos aprofundar nosso amor pelo grande Deus infinito a quem servimos e ser levados a adorá-Lo, devemos primeiramente tentar entender o que Ele nos diz sobre Si mesmo. A Trindade é um mistério, mas nas Escrituras “mistérios” são verdades profundas que um Deus infinito nos revela em nível finito. Assim, somente de joelhos dobrados podemos ter confiança ao falar de Deus.

Respostas sugestivas: 1: Seu nome eterno é Eu Sou, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, sempre o mesmo e sempre único. 2: Homem e mulher formam uma só carne, assim como Deus, mesmo sendo três pessoas é um, com um propósito. 3: Deus é um. Só há um Deus no Universo. 4: Embora sempre tenha sido Deus e nunca tenha perdido a divindade, Jesus Se tornou humano e não Se apegou à igualdade com Deus. 5: Aceitou a adoração porque entendia que era correta. No entanto, Paulo, que realizou obras semelhantes às de Jesus, não se considerou digno de adoração. 6: O Espírito de Deus pairava sobre o abismo sem forma e vazio, participando da obra de criação da Terra. 7: As pessoas devem ser batizadas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A conversão é um milagre da Trindade. 8: Deus Se referiu a Si mesmo como mais de uma pessoa, ao usar o plural: “Façamos”, “nossa imagem”, “nossa semelhança”. 9: Deus usou o plural, ao perguntar: “Quem há de ir por nós?”. 10: As três pessoas aparecem: “Aquele que nos confirma... em Cristo... é Deus, que... nos selou e nos deu o penhor do Espírito...” “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo.” 11: Existem cerca de 275 referências às três pessoas da divindade, incluindo substantivos e pronomes (195 referências ao Filho, 55 referências ao Pai e 25 referências ao Espírito Santo), o que confirma a realidade e a evidência da Trindade.


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